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Gestão de Longo Prazo da COVID-19: OMS Emite Recomendações para um Mundo Pós-Pandemia

Três meses após declarar o fim oficial da pandemia de covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está mais uma vez à frente do cenário de saúde global ao emitir recomendações cruciais para a gestão de longo prazo da doença. Mesmo com a drástica redução nos números de casos e mortes por SARS-CoV-2, a OMS enfatiza que o vírus ainda circula mundialmente e que vigilância constante é necessária para evitar qualquer surpresa.

As diretrizes, cuidadosamente elaboradas por um comitê de revisão composto por especialistas de diversas nações, refletem um compromisso inabalável com princípios científicos e comprovados de vanguarda. “É incontestável que o risco de doenças graves e mortes ocorreu significativamente em comparação ao ano anterior, graças ao aumento da imunidade populacional proveniente de vacinação, infecção natural ou uma combinação de ambas, aliado a diagnósticos precoces e aprimorados. , conforme nossa avaliação, o risco da covid-19 para a saúde pública global ainda permanece elevado”, enfatizou o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Ph.D, Diretor-Geral da OMS, durante o lançamento das recomendações.

Ele alertou ainda sobre a possibilidade persistente de emergência de variantes mais perigosas que poderiam provocar aumentos abruptos nos casos e nas mortes. Essa ameaça continua sendo uma realidade inegável.

O comitê de revisão, instituído em maio quando a OMS declarou o termo da emergência de saúde global associada ao SARS-CoV-2, delineou sete pontos centrais que todos os países estão instaurados a adotar:

  1. Atualização dos programas nacionais para a covid-19: Baseada no Plano Estratégico de Preparação e Resposta da OMS, essa atualização visa garantir uma abordagem unificada e coerente em todo o mundo.
  2. Manutenção da vigilância colaborativa: Uma vigilância contínua permitirá a detecção de mudanças relevantes no vírus, bem como tendências na gravidade da doença e na imunidade populacional.
  3. Transparência nos dados: Continuar a divulgação de dados cruciais, especialmente relacionados a óbitos, casos graves, sequenciamento genético e eficácia das vacinas, tanto para a OMS quanto para fontes abertas.
  4. Vacinação contínua: Priorizar a vacinação, especialmente para grupos de maior risco, visando minimizar hospitalizações e óbitos.
  5. Investigação e pesquisa: Incentivar a pesquisa contínua para prevenção e controle da covid-19.
  6. Atendimento clínico adequado: Oferecer tratamento controlado e medidas de proteção aos profissionais de saúde e cuidadores.
  7. Acesso equitativo: garantir acesso justo a vacinas, testes e tratamentos de qualidade, assegurando a equidade global.

Estas diretrizes permanentes substituem as recomendações temporárias divulgadas quando a OMS anunciou o fim da pandemia. A publicação tem validade até 30 de abril de 2025, mas está sujeita a alterações ou suspensões em resposta à situação epidemiológica.

Dr. Preben Aavitsland, membro do comitê de revisão da Universitetet i Bergen, Noruega, destacou que, embora a contenção total do vírus não seja mais o foco, é vital reduzir o impacto global da covid-19. “À medida que transitamos de respostas emergenciais para uma normalidade relativa, a vigilância e a preparação para mudanças epidemiológicas continuam essenciais”, afirmou.

O Diretor-Geral da OMS afirmou que manter os esforços contra a covid-19 poderia prevenir futuras crises de saúde. “A implementação destas recomendações não só protege contra a covid-19, mas também prepara os países para enfrentar outras doenças. O futuro é imprevisível, mas nossa preparação não precisa ser”, afirmou o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Além disso, a OMS informou recentemente, em 09 de agosto, sobre a identificação de uma nova variante de interesse, a EG.5, uma subvariante da Ômicron. Entretanto, uma organização tranquiliza ao afirmar que essa subvariante parece não apresentar uma ameaça à saúde pública maior do que outras variantes já conhecidas.

Até o início desta semana, mais de 51 países já tinham casos confirmados da variante EG.5, com a China concentrando a maior proporção (30,6%), seguido pelos Estados Unidos (18,4%). A OMS destacou a rápida disseminação da subvariante, destacando um aumento significativo na prevalência relatada em comparação com semanas anteriores.

À luz do recente anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a gestão de longo prazo da covid-19, mesmo após declarar o termo da pandemia, permanece essencial a vigilância contínua e baseada em evidências. As diretrizes propostas, apoiadas por especialistas internacionais, enfatizam a necessidade de atualização de programas, manutenção da vigilância, transparência nos dados, continuidade da vacinação, pesquisa e acesso equitativo. A identificação da subvariante EG.5 da Ômicron destaca a volatilidade do vírus e a importância da prontidão. Ao persistir nos esforços contra a covid-19, não só mitigamos sua ameaça contínua, mas também nos preparamos para desafios futuros, fortalecendo nossa resiliência através da ciência e colaboração global.

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