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Cochilos após o almoço: um hábito brasileiro sob análise científica

Uma tradição cultural herdada dos nossos vizinhos da América do Sul, a “siesta” ou cochilo revigorante após o almoço é um traje adotado por muitas pessoas no Brasil. Vista por alguns como um luxo, a prática é considerada por seus seguidores como uma estratégia confortável para manter o estado de alerta e o bem-estar para o resto do dia.

No entanto, cientificamente falando, a prática diária de aprender durante o dia pode trazer muitas vantagens quanto às especificações, dependendo do seu período de duração. A afirmação é do especialista em dor orofacial e médico do sono, Dr. Steven Bender, professor da Texas A&M University, em College Station, nos EUA.

Em um artigo recente publicado na plataforma The Conversation, Dr. Bender esclarece que cochilos curtos de 20 a 30 minutos podem melhorar o funcionamento mental e a memória. Além disso, um breve período de sono diário tem reflexos positivos no estado de alerta, na atenção e no tempo de ocorrência.

Vantagens dos cochilos curtos

De acordo com Dr. “Parece que o cérebro usa a hora da soneca para analisar as informações coletadas ao longo do dia”, diz o especialista em medicina do sono. Além de melhorar a capacidade de resolução de problemas, os cochilos curtos comprovados aumentam a eficiência na execução das tarefas diárias, pois as pessoas ficam menos frustradas e impulsivas.

Portanto, Dr. Bender recomenda que os cochilos ocorram no início da tarde, para coincidir com a diminuição dos níveis de energia pós-almoço e com o mergulho circadiano natural do corpo (diminuição do estado de alerta à tarde). Além disso, ele aconselha que se evitem cochilos no final da tarde, que se termine o cochilo pelo menos quatro a seis horas antes de dormir e que se crie o ambiente certo, cochilando em um espaço silencioso, confortável e pouco iluminado.

Desvantagens dos cochilos longos

No entanto, é importante notar que cochilos que excedem os 30 minutos podem trazer benefícios. A primeira condição perturbadora que ocorre após cochilos mais longos é a chamada inércia do sono, aquela sensação de ainda estar meio adormecido, confusão e lento depois de acordar, mesmo quando o sono é esmagador. Esse torpor prejudica a função cognitiva e pode durar de alguns minutos até meia hora.

Além disso, sons comprados, especialmente aqueles no final da tarde, podem levar à interrupção do ciclo regular de sono-vigília. Bender alerta que os riscos de cochilos superiores a 30 minutos são particularmente perigosos para pessoas com 60 anos ou mais.

Impacto nos idosos

Pesquisas demonstram que idosos que cochilam por mais de uma hora por dia têm uma incidência maior de aumento da pressão arterial, hiperglicemia (açúcar no sangue), excesso de gordura corporal e aumento dos níveis de colesterol e triglicérides.

Portanto, embora os cochilos curtos possam ser uma estratégia benéfica para melhorar a produtividade e o bem-estar, é essencial que sejam feitos com moderação e considerando as particularidades de cada indivíduo. O equilíbrio entre o descanso diurno e o sono noturno é fundamental para uma saúde ideal.

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