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Após divulgação do vídeo de 08/01, Gonçalves Dias pede exoneração

O general Marco Edson Gonçalves Dias, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pediu exoneração do cargo no fim da tarde desta quarta-feira(19), após uma reunião de emergência convocada pelo presidente Lula com ministros do governo. Era esperado que nessa reunião Dias fosse exonerado, mas ele pediu o afastamento, tornando-se o primeiro ministro do governo Lula a cair em quatro meses de governo.

A saída de Gonçalves Dias do GSI foi motivada, segundo apuração da Revista Oeste, pelo fato do presidente Lula ter se sentido traído pelo general. O então ministro teria mentido, de acordo com a versão do petista, sobre as imagens da invasão ao Palácio do Planalto, que foram divulgadas pela CNN Brasil e mostram Dias dentro do local durante os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro.

Além disso, Dias chegou a faltar na Comissão de Segurança Pública da Câmara, marcada para às 14 horas, apresentando como desculpa um atestado médico emitido às 13 horas, informando que foi atendido com um “quadro clínico agudo e com necessidade de medicação”. No entanto, segundo a Revista Oeste, até às 11 horas a presença do general estava confirmada. Em resposta, o colegiado esperava uma convocação de Dias com o apoio dos parlamentares governistas. Com sua saída do cargo de ministro de Estado, sua presença na Câmara deixa de ser obrigatória, podendo ser convocada apenas por uma eventual CPMI.

A divulgação de imagens comprometedoras e suspeitas de mentiras por parte do então ministro pode ter consequências graves para a imagem do governo e a confiança da população. Além disso, falta de comparecimento às convocações do Congresso Nacional também levanta questionamentos sobre a responsabilidade dos membros do governo em prestar esclarecimentos e cumprir com suas obrigações perante os órgãos de fiscalização.

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