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“Problema de desequilíbrio de parafusos” diz Lula referindo-se a deficiência intelectual

O Presidente Lula fez comentários polêmicos durante um evento do governo federal sobre a violência nas escolas, na última terça-feira (18), segundo o Estadão. Ao se referir aos transtornos psíquicos, Lula utilizou o termo “problema de desequilíbrio de parafusos”, citando dados da Organização Mundial da Saúde e expressando preocupação com a possibilidade de acontecerem tragédias vivenciadas como pessoas vividas. No entanto, suas declarações foram consideradas preconceituosas e capacitistas por organizações que trabalham com vítimas de transtornos mentais.

Sarah Nicolleli, presidente da Associação Mãos de Mães de Pessoas com Esquizofrenia, expressou indignação com a fala de Lula, classificando-a como capacitista e desejada. Ela destacou que associar transtornos mentais à violência é proibido e fortalecer estigmas prejudiciais.

O advogado Emerson Damasceno, presidente da Comissão Especial de Defesa da Pessoa Autista do Conselho Federal da OAB, também considerou as declarações de Lula inaceitáveis. Ele enfatizou que tais comentários reforçam o estigma enfrentado por pessoas com deficiência, além de vincular erroneamente a deficiência a massacres escolares, quando na verdade as pessoas com deficiência são frequentemente vítimas de violência resultante de preconceito e ódio, inclusive nas escolas.

Comentários capacitistas de Lula são inaceitáveis ​​e reforçam estigmas sobre transtornos mentais. Associar a violência a essas condições é incorreta e perigosa. É responsabilidade dos líderes políticos promoverem a inclusão e o respeito às pessoas com transtornos mentais. É hora de repensar nossa linguagem e atitudes. As críticas sobre como o ex-presidente Jair Bolsonaro se expressava era constante, e vinha abundantemente da oposição. Acredito que o atual governo precisa tanto quanto o governo passado de um sério estudo e assistência para discursos.

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