Em meio a uma decisão controversa, o ex-procurador da República Deltan Dallagnol expressou sua insatisfação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou seu mandato como deputado federal pelo Podemos do Paraná. Em uma coletiva de imprensa realizada em Brasília, Dallagnol compartilhou sua visão sobre a situação, destacando o entendimento de “inelegibilidade imaginária” presente no parecer da Justiça Eleitoral.
Dallagnol, conhecido por seu papel como coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba antes de ingressar na política, argumentou que a decisão do TSE baseia-se na suposta intenção de evitar uma eventual condenação por improbidade ao deixar o Ministério Público. O ministro Benedito Gonçalves, relator do processo contra ele no TSE, sustentou essa posição.
No entanto, o ex-deputado federal não apenas expressou sua discordância com a decisão que o afastou do cargo, mas também lamentou o atual cenário político do Brasil, afirmando que vivemos em um país onde os valores estão invertidos. Para embasar sua afirmação, Dallagnol mencionou o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi condenado por instâncias superiores e posteriormente “descondenado”, como ele mesmo definiu.
Apesar das dificuldades enfrentadas, Deltan Dallagnol afirmou que continuará na luta por um país melhor, mesmo sem um cargo público. Ele ressaltou que o mandato é apenas uma forma de buscar transformação e que não permitirá que o atual governo continue praticando desmandos e corrupção. Com palavras contundentes, ele comparou o poder dos tribunais de cassá-lo ao poder de Pilatos de crucificar Jesus e dos irmãos de José ao jogá-lo em um poço, deixando claro seu compromisso com a luta por justiça e liberdade.