Luiz Carlos Hauly, ex-deputado federal pelo Podemos, assumirá a vaga deixada por Deltan Dallagnol, após a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Hauly afirmou que a cassação do mandato de Dallagnol não pode ser contestada e que ele honrará os votos do ex-procurador.
“Decisão judicial não se contesta. Decisão da Justiça se cumpre, você pode não gostar. Claro que o doutor Dallagnol é um homem ilibado, de conduta reta, um grande homem público e promotor de Justiça. Temos que olhar pra frente”, disse Hauly, destacando a importância de seguir em frente.
Hauly também revelou que recebeu uma ligação de Dallagnol, parabenizando-o pela indicação. O novo deputado ressaltou que honrará os eleitores e os princípios defendidos pelo ex-procurador. Embora Hauly seja da área econômica e Dallagnol da área jurídica, ele enfatizou que suas características se complementam.
Além disso, Hauly abordou a questão da reforma tributária, destacando que, por ser um tema nacional que engloba diversos grupos políticos, não deverá enfrentar problemas nas votações. Ele defendeu a criação de uma agenda nacional de pautas, ressaltando que a base parlamentar é fluida e vota de acordo com os interesses nacionais.
Luiz Carlos Hauly é um político experiente, com sete mandatos consecutivos como deputado federal pelo Paraná. Durante sua atuação na Câmara dos Deputados, ele se destacou por sua contribuição em temas econômicos, como a implantação do Simples Nacional e do Microempreendedor Individual (MEI).
Ao ser questionado sobre sua atuação na Câmara, Hauly reforçou que defenderá as mesmas pautas de Dallagnol, como os princípios da moralidade pública, direito à vida e à família. Ele lamentou a perda de Dallagnol no Congresso, mas expressou seu compromisso em seguir adiante com os princípios defendidos pelo ex-procurador.
A decisão do ministro Dias Toffoli, que determinou que a vaga de Dallagnol na Câmara seja ocupada pelo Podemos, partido do ex-procurador, foi baseada em um recurso apresentado pela legenda. Essa decisão vai de encontro à determinação do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que havia determinado que a vaga fosse ocupada por Itamar Paim, do PL.
O TRE-PR argumentou que a diplomação de Paim ocorreu porque Luiz Carlos Hauly, primeiro suplente do Podemos, não atingiu o quociente eleitoral mínimo. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que os votos de Dallagnol deveriam ser computados em favor do partido, assegurando assim a vaga ao Podemos.
A posse de Hauly na Câmara dos Deputados está prevista para ocorrer, independentemente da questão do quociente eleitoral, de acordo com a determinação de Toffoli. Essa decisão provisória pode ser revisada por outros ministros do STF.
