Nas últimas semanas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro vem investigando uma suposta ordem de bloqueio de estradas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições de 2022, com o intuito de reter eleito do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O primeiro depoente a comparecer perante a comissão foi o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, que recusou veementemente como protestou.
Durante seu depoimento, Vasques afirmou que as denuncias são infundadas e fruto de “mentiras propagadas” por indivíduos que estão atualmente enfrentando processos de julgamento. Ele enfatizou que as operações da PRF no Norte e Nordeste viralizaram devido a postagens falsas, distorcendo a realidade dos fatos. O ex-diretor destacou a existência de registros que comprovam a inexistência de bloqueios prolongados, apontando para um caso específico em que um ônibus ficou parado por apenas 14 minutos devido a um problema no tacógrafo, sendo posteriormente escoltado pela polícia até a área de votação. Ele afirmou categoricamente: “Ninguém deixou de votar”.
Para sustentar sua defesa, Silvinei Vasques mencionou ter compilado mais de 200 laudas de estudos, realizadas ao longo de oito meses, que demonstraram que o maior esforço operacional da PRF não ocorreu no Nordeste, como é sugerido pelas inscrições, mas sim em outras regiões do país. Embora o ex-diretor não tenha entrado em detalhes sobre os resultados dessas análises, ele assegurou que os dados levantados reforçam sua afirmação de inocência.
É importante ressaltar que a CPMI do 8 de Janeiro foi instaurada com o objetivo de investigar não apenas as denúncias de bloqueio de estradas, mas também outros eventos ocorridos em torno das eleições e os atos antidemocráticos do dia 08 de Janeiro . Nesse sentido, é necessário que a comissão conduza suas investigações com imparcialidade, analisando cuidadosamente todas as evidências e ouvindo os depoimentos de todas as partes envolvidas.