O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), anunciou recentemente que o governo Lula intensificará a fiscalização de tiroteio e tomará medidas para fechar estabelecimentos ilegais. Essa iniciativa foi motivada por declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que defendeu o fechamento de “quase todos” os clubes de tiro no Brasil.
O principal objetivo da ação é separar os chamados CACs (caçadores, coletores e coletores) genuínos dos que operam à margem da lei. O ministro Dino enfatizou que o presidente tem alertado para a necessidade de separar “o jogo do trigo”, reconhecendo que existem praticantes legítimos das atividades de caça e tiro esportivo, que são permitidas e regulamentadas por lei. No entanto, o governo Lula está determinado a erradicar os clubes de tiro que desrespeitam as normas e representa uma ameaça à segurança pública.
Em uma entrevista ao canal Gov, o ministro Dino reforçou a importância da fiscalização, destacando que aqueles que não cumprem a legislação terão suas atividades encerradas. Ele destacou a diferença entre os verdadeiros colecionadores, caçadores e atiradores esportivos, que exercem suas atividades dentro dos regulamentos legais, e aqueles que desviam armas para atividades criminosas.
Contudo, conforme declarações do presidente Lula, que também se mostrou contrário ao porte de armas por civis, geraram controvérsias. Para ele, a maioria da sociedade brasileira não precisa treinar tiro, justificando que o país não está se preparando para uma revolução e que alguns indivíduos tentaram preparar um golpe. Lula defendeu que os clubes de tiro deveriam ser restritos apenas às organizações policiais, como a Polícia Militar, o Exército e a Polícia Civil.
A polêmica em torno desse posicionamento reside na divergência de opiniões sobre o direito dos cidadãos à posse e ao porte de armas, garantido pela legislação brasileira sob certas condições. Defensores do acesso responsável e regulamentado argumentam que a liberdade individual também precisa ser considerada, desde que as medidas de segurança e treinamento sejam rigorosamente seguidas.