O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início a uma série de atividades diplomáticas na África nesta segunda-feira, 21, com sua chegada a Joanesburgo, capital da África do Sul. Ao longo da semana, Lula se concentrou em uma agenda diplomática que inclui a participação na Cúpula do Brics, bem como visitas de Estado a Angola e São Tomé e Príncipe.
O ponto central de sua jornada é a Cúpula do Brics, onde líderes dos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul se reúnem para discutir temas de culto global. O conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia figura entre as questões prioritárias. A busca por novos membros para o bloco econômico também está na agenda, sinalizando uma intenção de expandir as conexões internacionais desses países. Além disso, a proposta de transação bilateral em moeda local busca minimizar a dependência do dólar nas relações comerciais internacionais.
A programação da Cúpula do Brics é densa, com mais de 170 reuniões agendadas, incluindo 20 encontros ministeriais. É relevante destacar que o presidente russo, Vladimir Putin, estará presente afastado devido a um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional. Essa circunstância põe em evidência a complexidade das relações diplomáticas em um cenário global em constante mudança.
No entanto, a visita de Lula vai além da Cúpula do Brics. Ela simboliza o interesse do Brasil em ampliar as relações com o continente africano. Além das atividades no Brics, o presidente realizará uma visita oficial a Angola, com ênfase na cooperação bilateral e no fortalecimento das laços históricos entre as nações. A presença de Lula também está programada na Cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em São Tomé e Príncipe, onde líderes de países lusófonos se reúnem para discutir interesses comuns.
É relevante ressaltar que a 15ª Cúpula dos Chefes de Estado do Brics assume um caráter especial, sendo a primeira reunião presencial desde o início da pandemia de Covid-19. O fórum empresarial e a reunião de cúpula entre os líderes do bloco representam oportunidades cruciais para a troca de ideias e a cooperação entre economias emergentes, que desempenham um papel cada vez mais importante no cenário global.