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Cervejaria Petrópolis, dona da Itaipava, pede recuperação judicial com dívida bilionária

A Cervejaria Petrópolis, que é proprietária das marcas Itaipava, Crystal e Petra, entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro em 27 de março de 2023, devido a dívidas de R$ 4,4 bilhões.

A 5ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro concedeu ao grupo uma tutela cautelar de urgência em 29 de março de 2023 que determinou a liberação dos recursos da companhia pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa.

O Grupo Petrópolis mencionou que uma parcela de R$ 105 milhões de uma operação financeira estava vencendo e poderia acarretar o vencimento antecipado de toda a dívida, comprometendo o caixa e as operações do grupo imediatamente.

Os advogados da companhia afirmam que a dívida financeira e de mercado de capitais é de aproximadamente R$ 2 bilhões, enquanto a dívida com terceiros, incluindo grandes fornecedores, é de R$ 2,2 bilhões.

A petição apresentada à Justiça do Rio de Janeiro atribuiu à causa valor provisório de R$ 4,4 bilhões, até que a empresa publique sua lista detalhada de credores.

Segundo a petição inicial, a empresa vem enfrentando uma crise de liquidez há 18 meses devido à redução de receita.

No ano passado, a empresa vendeu 24,1 milhões de hectolitros de bebidas, uma queda de 23% em relação a 2020.Essa redução representou um recuo de 17% na receita bruta do período. Ao mesmo tempo, os custos do setor subiram e, ainda segundo a defesa da Petrópolis, não foram repassados ao consumidor.

A Cervejaria Petrópolis é proprietária de 14 marcas, principalmente de cerveja, incluindo Lokal, Black Princess, Brassaria Ampolis, Weltenburger Kloster, Cabaré, Nordka (vodka), Blue Spirit Ice (vodka), TNT (energético), Magneto (energético), It! (refrigerante) e Petra (água mineral).

O processo de recuperação judicial tem como objetivo renegociar dívidas e prazos, além de fazer com que a empresa retome sua função social perante a sociedade.

A recuperação judicial é uma alternativa para empresas que enfrentam crises econômico-financeiras e desejam discutir judicialmente saídas para essas situações.

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