Neste sábado, 1º de abril, a Rússia assume a liderança do Conselho de Segurança da ONU, cuja responsabilidade é garantir a paz e a segurança mundial.
No entanto, o presidente Putin enfrenta um mandado de prisão internacional por supostos crimes de guerra emitido pelo Tribunal Penal Internacional. A Ucrânia criticou a presidência da Rússia e pediu que o Conselho de Segurança reformasse ou se dissolvesse completamente, além de pedir a remoção da Rússia de seu status de membro.
Como um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, ao lado dos Estados Unidos, China, França e Reino Unido, a Rússia tem o poder de veto, o que significa que pode rejeitar qualquer resolução, independentemente do número de votos positivos. Entre essas resoluções estão aquelas que envolvem sanções, bem como aquelas que autorizam ações militares contra agressores.
Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano expressou seu desgosto na rede social. “É muito revelador que no feriado de um estado terrorista – o Irã, outro estado terrorista – a Rússia – comece a presidir o Conselho de Segurança da ONU. Não é apenas uma pena. É outro golpe simbólico no sistema de relações internacionais baseado em regras” escreveu Yermak.
Embora seja uma contradição, essa situação ilustra a complexidade do Direito Internacional e da diplomacia, que estão sempre sujeitos a tensões geopolíticas e à influência da história.