O Governo de São Paulo usará tornozeleiras eletrônicas para reincidentes em furtos e acusados de violência doméstica soltos após audiência de custódia, de acordo com anúncio feito pela Secretaria de Segurança Pública. O objetivo é combater o alto índice de solturas de presos por roubo durante as audiências de custódia que acabam cometendo crimes novamente.
Com um projeto piloto iniciando em breve com 200 tornozeleiras, a SSP destaca que há mais de 300 mil acusados ou condenados sem controle de monitoramento e acompanhamento das penas. Nos primeiros meses de 2023, cerca de 45% dos presos em flagrante por furtos ou recepções tentaram cometer os mesmos crimes após serem soltos.
Em coletiva da cúpula da SSP, o major da PM, Rodrigo Vilardi, informou que o Fórum da Barra Funda disponibilizou uma sala para a operação. Já existem 200 tornozeleiras reservadas para o projeto.
Embora o reforço não tenha efetivamente resultado no aumento das prisões e na queda dos furtos na região central, o SSP destaca que o aumento do policiamento não é suficiente para garantir a segurança da população e inibir a prática de crimes por reincidentes. É por isso que a adição das tornozeleiras eletrônicas é considerada uma medida crucial para alcançar esse objetivo. Além disso, a iniciativa visa garantir que os acusados ou condenados sejam monitorados e acompanhados obedientemente, com a finalidade de evitar a prática de novos delitos.