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Governo de Lula liberar um recorde de R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares em um único dia

Nesta semana, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu ao liberar um recorde de R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares em um único dia. Essa decisão ocorreu em um momento delicado, exatamente quando a votação da medida provisória de espera da Esplanada dos Ministérios e do marco temporal foram adiadas pela Câmara dos Deputados.

Os parlamentares vinham cobrando o governo federal por essa liberação de recursos, ameaçando paralisar as votações no Congresso Nacional. Essa estratégia de liberação de emendas, apesar de atender aos interesses dos partidos do chamado centrão, levanta questionamentos sobre as prioridades e o compromisso do governo com a gestão pública e a estabilidade política.

Além disso, a coincidência entre a liberação desses recursos e o adiamento da votação da medida provisória de segurança da Esplanada dos Ministérios levantam dúvidas sobre os motivos por trás dessa decisão. Caso a medida seja rejeitada, a estrutura ministerial voltará ao que era na gestão de Jair Bolsonaro, sem massas como a de Igualdade Racial e Povos Indígenas, por exemplo. É legítimo questionar se essa liberação bilionária não foi uma forma de buscar apoio e evitar uma nova derrota na Casa.

O presidente Arthur Lira tem cobrado uma articulação mais forte da base governista para aprovar a medida provisória. Essa pressão reflete a preocupação com a possível rejeição do texto, o que representaria mais uma derrota para o governo de Lula. A pressa em recuperar o tempo perdido e a busca por um acordo são sintomas de uma fragilização política e demonstram a importância que o governo atribui à aprovação dessa medida.

No entanto, vamos destacar que a aprovação não será uma tarefa fácil. São necessários pelo menos 257 votos aceitos entre os 513 parlamentares da Câmara dos Deputados. Caso o governo não consiga alcançar esse número ou se a matéria sequer for votada, a fragilização política de Lula será exposta, comprometendo-se não apenas a organização dos ministérios, mas também a governabilidade do país.

A proposta ministerial pelo governo implica na possibilidade de extinção de 17 pastas, com um orçamento total de R$ 1,33 trilhão para 2023. Entre essas pastas, encontre-se cinco comandadas atualmente por nomes do PT e três sob a alçada do MDB. Partidos como o PSB, PSOL e PDT também perderiam ministérios, o que evidencia a magnitude das mudanças propostas.

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