fbpx

Satélite espacial detecta chuvas de ‘meteoros’ na atmosfera solar

A atmosfera do Sol sempre foi um ambiente repleto de mistérios fascinantes, e agora os cientistas da Northumbria University, no Reino Unido, revelaram uma descoberta surpreendente: meteoros solares. De acordo com um estudo recente aceito na revista científica renomeada Astronomy & Astrophysics e publicado na revista de pré-impressão ArXiv, esses “meteoros” são bolas de plasma que caem na superfície do Sol, de forma semelhante às estrelas cadentes que podemos observar aqui na Terra. Essa nova revelação promete aprofundar nosso entendimento sobre a atmosfera solar.

Imagem: ESA/Solar Orbiter EUI/HRI

Os dados para essa descoberta foram coletados pelo Solar Orbiter (SolO), um satélite de observação da Agência Espacial Europeia (ESA). Essa missão espacial tem sido fundamental para fornecer informações de alta resolução sobre a coroa solar e seus fenômenos intrigantes. Durante o estudo, os cientistas identificaram sinais claros desses aglomerados de plasma, que apresentaram diâmetros de até 250 milhas.

A queda dessas bolas de plasma ocorre durante um fenômeno conhecido como chuva coronal, que se caracteriza por precipitações térmicas de plasma, ou gás eletrificado, lançado na atmosfera do Sol. A velocidade dessas quedas é surpreendente, atingindo até 150 milhas por segundo. À medida que os meteoros solares se aproximam da superfície solar, a temperatura da atmosfera é notavelmente elevada, chegando a atingir até um milhão de graus Celsius. Essas regiões mais quentes podem permanecer nessa condição extrema por alguns minutos.

Diferentemente dos meteoros que caem na Terra, as bolas de plasma solares não passam pelo processo de vaporização. Isso significa que a maioria desses corpos celestes chega à superfície solar de forma intacta, gerando flashes brilhantes e aumentando a temperatura no momento do impacto. Além disso, os cientistas observaram que essas bolas de plasma viajam em loops do campo magnético do Sol, o que impede a formação de uma cauda semelhante aos meteoros.

Patrick Antolin, físico solar da Northumbria University, enfatiza que essa descoberta é um grande avanço para a física solar. Ele afirma que o Solar Orbiter (SolO) orbita em proximidade suficiente do Sol para detectar fenômenos de pequena escala, como o efeito da coronal, proporcionando uma visão valiosa do ambiente coronal e sua composição termodinâmica.

LEIA TAMBÉM