Nesta terça-feira, 25, a mídia estatal da China surpreendeu o mundo ao anunciar o afastamento do ministro das Relações Exteriores, Qin Gang, do cargo que ocupava desde dezembro de 2022. O comunicado oficial informou que ele foi substituído por seu antecessor, Wang Yi, que já havia atuado como chanceler por nove anos. O cenário que envolveu o afastamento de Gang é repleto de mistérios e especulações, deixando o mundo curioso sobre o verdadeiro motivo por trás dessa decisão.
A ausência pública de Qin Gang desde o dia 25 de junho gerou diversas especulações a respeito de sua situação, incluindo dúvidas sobre seu estado de saúde, possíveis demissões ou até mesmo questionamentos oficiais em curso. A falta de esclarecimentos por parte do governo chinês somente alimentou ainda mais as interferências em torno do destino do ministro.
O comunicado oficial divulgado não ofereceu uma explicação clara para a remoção de Qin Gang do cargo de ministro das Relações Exteriores. Apenas mencionou que o presidente Xi Jinping assinou uma ordem presidencial para oficializar a decisão, alegando que se trata de “razões de saúde” não discriminadas. No entanto, nos bastidores, circulam diversos barcos, incluindo rumores sobre casos amorosos e desavenças com altos comandantes do governo.
A decisão de afastar Qin Gang ocorreu durante uma sessão especial do Comitê Permanente do congresso Nacional do Povo, o que denota a seriedade e o peso dessa medida. O silêncio mantido pelas autoridades chinesas durante apenas semanas aumentou a perplexidade sobre a situação.
Wang Yi, que assume novamente o cargo de ministro das Relações Exteriores, tem uma trajetória significativa na diplomacia chinesa, tendo dirigido a política externa do Partido Comunista durante seu mandato anterior. Ele já atua como substituto temporário para Qin Gang e vem desempenhando atividades diplomáticas importantes, como encontros com representantes de países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), chanceleres dos Brics na África do Sul e autoridades norte-americanas, incluindo o ex-secretário de Estado americano, Henry Kissinger, e enviado do clima do presidente Joe Biden, John Kerry.
O desaparecimento abrupto de altos funcionários chineses, como no caso de Qin Gang, não é incomum na China. Tais situações sempre levantam suspeitas e preocupações, mas o governo chinês opta por manter-se em silêncio, o que apenas aumenta o mistério em torno dos acontecimentos. O porta-voz, Mao Ning, afirmou que não possui informações sobre o assunto e afirmou que as atividades diplomáticas chinesas seguem em curso normalmente.