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Naufrágio deixa mais de 40 imigrantes mortos na costa da Itália

Um naufrágio na costa da Itália, perto da cidade de Crotone, na Calábria, deixou mais de 40 imigrante mortos neste domingo (26). O barco, que transportava mais de 120 pessoas, bateu contra algumas rochas a alguns metros da costa. Até o momento, 80 pessoas foram resgatadas e algumas conseguiram chegar à costa após o naufrágio, enquanto dezenas continuam desaparecidas.

As equipes de resgate encontraram 43 corpos e pedaços de madeira espalhados na praia. Entre os mortos está um bebê de poucos meses de idade. A região calabresa está de luto com a tragédia terrível, como lamentou Roberto Occhiuto, presidente da região.

O naufrágio ocorreu poucos dias após a aprovação de uma polêmica lei sobre o resgate de imigrante no mar. A nova legislação obriga navios humanitários a fazer apenas um resgate por saída ao mar, aumentando, segundo os críticos da medida, o risco de mortes no Mediterrâneo central, a área considerada a travessia mais perigosa do mundo para os imigrante.

A primeira-ministra Giorgia Meloni, líder do partido ‘Fratelli d’Italia’ (FDI, que quer dizer Irmãos da Itália, de extrema-direita), expressou “profunda dor” em um comunicado e afirmou que é “criminoso enviar ao mar uma embarcação de apenas 20 metros com 200 pessoas a bordo e com uma previsão do tempo ruim”.

A Itália é um destino preferencial para os demandantes de asilo que viajam do norte da África para a Europa, e o governo tem criticado o número de chegadas ao país há vários anos. De acordo com o ministério do Interior, quase 14 mil migrantes entraram na Itália desde o início do ano, contra 5.200 no mesmo período no ano passado e 4.200 em 2021.

Embora as ONGs resgatem apenas um pequeno percentual deles, o governo as acusa de estimular as viagens e encorajar os traficantes com suas operações. A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) reagiu à tragédia no Twitter, afirmando que “as pessoas no mar devem ser resgatadas independentemente do custo, sem penalizar quem as ajuda”.

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