O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi considerado culpado por abuso sexual e difamação contra a escritora e jornalista E. Jean Carroll, em um julgamento civil em Manhattan. Trump deverá pagar cerca de US$ 5 milhões em danos compensatórios e punitivos. Carroll alega que foi estuprada por Trump em meados da década de 1990 e depois difamada quando tornou as acusações públicas. Dois amigos de Carroll disseram que ela contou a eles sobre o suposto estupro na época, mas não relatou à polícia com medo de que Trump usasse sua fama e riqueza para retaliar contra ela. Trump nega as acusações, sugerindo que ela estava inventando a história para aumentar as vendas de seu livro. O ex-presidente não se defendeu e optou por não testemunhar no julgamento civil. O júri deliberou por pouco mais de duas horas e meia, decidindo que Trump foi culpado por abuso sexual. O julgamento também contou com o testemunho de duas mulheres que disseram que Trump as agrediu sexualmente décadas atrás.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou sua intenção de concorrer novamente à presidência pelo Partido Republicano, apesar de enfrentar outras acusações judiciais, incluindo um processo relacionado à atriz de filmes adultos Stormy Daniels. Trump afirmou anteriormente que não abandonaria a corrida presidencial, mesmo diante das acusações.
No entanto, o professor de direito da Universidade da Califórnia em Los Angeles, Richard Hasen, explicou que a condenação não impede Trump de concorrer à presidência dos EUA, já que a Constituição americana estabelece apenas três requisitos para os candidatos: ser cidadão nato, ter pelo menos 35 anos e residir nos EUA por pelo menos 14 anos.
Hasen explicou que existem algumas restrições na Constituição e nas emendas que podem impedir a candidatura de Trump, mas nenhuma dessas restrições se aplica a ele no momento. Por exemplo, a 22ª Emenda estabelece limites de mandatos para os presidentes, o que significa que aqueles que foram eleitos duas vezes ou cumpriram parte do mandato de outra pessoa e depois venceram o próprio mandato não podem concorrer novamente. No entanto, isso não se aplica a Trump, já que ele perdeu a eleição de 2020.
Além disso, a 14ª Emenda inclui uma “cláusula de desqualificação”, que foi escrita especificamente para ex-soldados confederados. Embora esta cláusula não se aplique diretamente a Trump, pode ser usada para desqualificar candidatos que tenham participado de um levante contra os Estados Unidos. No entanto, essa cláusula ainda não foi testada em relação aos candidatos presidenciais.
Portanto, embora Trump esteja enfrentando acusações judiciais, ele ainda pode concorrer à presidência dos Estados Unidos. No entanto, será interessante observar como essas acusações afetarão sua campanha e sua popularidade entre os eleitores.