Comitê de Supervisão e Responsabilidade do Congresso dos EUA revela falhas na abordagem do governo em relação à imunidade natural durante a pandemia de COVID-19
Em uma audiência pública realizada em 12 de maio de 2023, o Committee on Oversight and Accountability, principal comitê investigativo da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, divulgou um resumo revelador intitulado “Os coronavírus conferem imunidade natural robusta, funcionários do governo deveriam ter considerado em decisões políticas”. O documento destacou a falta de consideração pela imunidade natural nas discussões de saúde pública e nas políticas finais do governo em relação à pandemia de coronavírus.
A audiência intitulada “Investigando Imunidade Pandêmica: Adquirida, Terapêutica ou Ambas” foi conduzida pelo Subcomitê Selecionado sobre a Pandemia de Coronavírus e teve como objetivo examinar o papel desempenhado pelas vacinas COVID-19 e pela imunidade adquirida naturalmente nas políticas de saúde pública. Durante a audiência, testemunhas especializadas ressaltaram que dados e pesquisas estabelecidos há muito tempo comprovam a existência de uma imunidade natural robusta após infecções por coronavírus.
O documento divulgado pelo comitê destacou as conclusões-chave da audiência, revelando que a Administração Biden e os funcionários do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) propagaram uma narrativa falsa em relação à vacina contra a COVID-19, o que resultou na perda de confiança nas autoridades de saúde pública por parte dos americanos.
O Dr. Marty Makary, Chefe de Cirurgia de Transplante e Professor de Cirurgia na Johns Hopkins, testemunhou sobre a falta de confiança gerada pelo governo federal dos EUA ao ignorar a imunidade natural e tornar as vacinas obrigatórias. Ele afirmou que as vidas foram perdidas devido à rejeição dos dados sobre imunidade natural pelos funcionários de saúde pública.
A Representante Mariannette Miller-Meeks, ex-diretora do Departamento de Saúde Pública de Iowa e Sargento-Mor na Força Aérea dos Estados Unidos, relatou as informações imprecisas sobre a imunidade à COVID-19 apresentadas ao Congresso e a censura que enfrentou ao compartilhar a verdade. Ela destacou que foi denunciada e ameaçada de remoção de plataformas por tentar trazer à tona a existência da imunidade adquirida por infecção.
A audiência também apontou que pesquisas globais comprovaram a robustez da imunidade natural após a infecção anterior por COVID-19. O documento enfatizou que a decisão de vacinar ou reforçar a imunidade deve ser tomada entre médicos e pacientes, e não ser um mandato imposto pelos governos federal e estadual.
O presidente Brad Wenstrup, que presidiu a audiência, questionou por que as autoridades de saúde pública não ouviram os médicos ao emitirem mandatos de vacinação e considerarem políticas relacionadas às vacinas. Ele ressaltou que a saúde pública deve ser educativa, não uma doutrinação, e que as decisões médicas pessoais devem ser tomadas pelos pacientes e médicos, e não por burocratas e políticos.
A audiência também trouxe à tona casos em que o CDC se recusou a reconhecer a imunidade natural e as consequências dessa decisão nos sistemas escolares do país. Houve relatos de recusa em permitir exceções a mandatos de vacinação para crianças que já haviam se recuperado da doença, mesmo quando médicos recomendavam uma dose única para fornecer alguma imunidade.
Além disso, médicos que participaram da audiência questionaram a eficácia dos mandatos do governo em proteger os americanos de danos indevidos, levantando preocupações sobre a promoção de vacinas sem evidências suficientes e potenciais efeitos colaterais, especialmente em pacientes pediátricos.
A deputada Marjorie Taylor Greene criticou o presidente dos Estados Unidos, acusando-o de espalhar desinformação sobre a vacina COVID-19. Ela também destacou as mudanças na definição de vacinação pelo CDC, sugerindo uma manipulação das informações para promover políticas governamentais.
A audiência pública do Comitê de Supervisão e Responsabilidade do Congresso dos Estados Unidos revelou falhas significativas na abordagem do governo em relação à imunidade natural durante a pandemia de COVID-19. As conclusões destacaram a falta de confiança gerada pelos funcionários de saúde pública devido à omissão da imunidade natural nas discussões e políticas de saúde. A audiência ressaltou a importância de ouvir médicos e considerar a autonomia dos pacientes nas decisões relacionadas às vacinas e à imunidade.
O que é o Comitê de Supervisão e Responsabilidade do Congresso dos EUA – (Committee on Oversight and Accountability)
Nos Estados Unidos, o Committee on Oversight and Accountability é um comitê do Congresso responsável por supervisionar as atividades do governo federal e garantir a prestação de contas por parte dos órgãos governamentais. É um dos comitês mais importantes do Congresso e desempenha um papel fundamental na fiscalização do Poder Executivo.
O comitê é composto por membros da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos e é encarregado de investigar questões relacionadas à administração do governo federal, incluindo possíveis abusos, irregularidades, corrupção, ineficiências ou conduta inadequada por parte de autoridades governamentais.
O Committee on Oversight and Accountability tem amplos poderes para conduzir investigações, convocar audiências, solicitar documentos e depoimentos de funcionários do governo e outros envolvidos. Eles podem emitir intimações e têm autoridade para fazer perguntas diretas a testemunhas durante as audiências.
Além disso, o comitê tem a responsabilidade de revisar a legislação proposta e garantir que as agências governamentais estejam cumprindo as leis e regulamentos estabelecidos pelo Congresso. Eles também podem realizar audiências de acompanhamento para avaliar a eficácia das políticas públicas implementadas.
Em resumo, o Committee on Oversight and Accountability nos Estados Unidos é um comitê do Congresso que exerce a função de supervisionar, investigar e fiscalizar as atividades do governo federal, visando garantir a transparência, a responsabilidade e a eficácia na administração pública.
Fonte: Committee on Oversight and Accountability