A maior feira de agronegócio da América Latina, a Agrishow, surpreendeu a todos ao cancelar sua tradicional cerimônia de abertura. O motivo foi o constrangimento causado pelo “desconvite” ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que deveria representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento. Tudo começou quando o presidente de honra da Agrishow, Chiquinho Maturro, alertou Fávaro de que o ex-presidente Jair Bolsonaro compareceria à abertura do evento e sugeriu que ele fosse no segundo dia. Fávaro se sentiu “desconvidado” e cancelou sua participação, gerando enorme constrangimento.
Em retaliação, o governo federal anunciou o cancelamento do patrocínio do Banco do Brasil à Agrishow, um dos maiores financiadores de crédito agrícola do país. Essa medida pode gerar processos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no Tribunal de Contas da União (TCU) para os administradores do banco. Bolsonaro, por sua vez, está previsto para chegar a Ribeirão Preto, onde acontece a Agrishow, neste domingo e participar de uma motociata organizada por lideranças rurais locais. Será sua primeira aparição em evento público depois de voltar ao Brasil.
Durante seus 28 anos de realização, a cerimônia de abertura da Agrishow costumava contar com a presença de presidentes da República, governadores e uma série de ministros. Este ano, no entanto, a cerimônia foi cancelada, mas a feira ocorrerá normalmente. As entidades realizadoras do evento, como a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e a Associação de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), optaram por não realizar a solenidade de abertura da feira, que estava prevista para o dia 1º de maio às 11h
