Xi Jinping acena ao desembarcar no aeroporto de Vnukovo, em Moscou - Foto: Anatoliy Zhdanov/Kommersant Photo/AFP
O presidente da China, Xi Jinping, chegou à Rússia nesta segunda-feira (20), em uma visita que acirra as tensões com o Ocidente, que acusa Pequim de fornecer armas ao Exército russo. Esta é a primeira viagem do líder chinês ao país desde o início da guerra na Ucrânia.
A visita de Xi a Moscou acontece em um momento em que a Rússia tem buscado uma parceria “estratégica” com a China, devido ao apoio do Ocidente à Ucrânia. Serviços de Inteligência do Reino Unido e dos Estados Unidos apontam que a Rússia começou a comprar armas da China para tentar fazer frente ao apoio do Ocidente à Ucrânia.
Xi se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira, e os dois discutiram uma “parceria estratégica” entre os dois países. Na terça-feira, eles continuarão a debater a questão e darão entrevista à imprensa.
Pequim afirma que a viagem é o primeiro passo na tentativa da China de liderar uma nova rodada de negociação de paz entre Rússia e Ucrânia. Em um artigo publicado na edição desta segunda-feira de um jornal estatal russo, Xi Jinping disse que sua proposta de paz servirá para “neutralizar as consequências do conflito e promover um acordo político”.
No entanto, ele também reconheceu que a tarefa não é fácil e que “problemas complexos não têm soluções simples”. Putin, por sua vez, chamou Xi Jinping de “velho amigo” e afirmou que a visita do líder chinês confirma a parceria “especial” entre Rússia e China.
O serviço de inteligência do Reino Unido afirmou que a China deve fornecer equipamentos militares para a Rússia ao longo deste ano, mas Pequim negou a acusação.
A visita de Xi Jinping à Rússia é mais um sinal da crescente cooperação entre os dois países, em um momento em que o Ocidente tem se distanciado de ambos. A parceria entre Rússia e China pode ter implicações significativas para a política internacional e para a estabilidade global nos próximos anos.
