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Jornalista dos EUA preso na Rússia por espionagem tem pedido de liberdade negado pela justiça russa

Justiça russa nega pedido de liberdade ao jornalista norte-americano Evan Gershkovich, preso há 20 dias por acusação de espionagem

Nesta terça-feira (18), a justiça russa recusou o pedido da defesa do jornalista norte-americano Evan Gershkovich para responder em liberdade ao caso de acusação de espionagem. Gershkovich, correspondente do jornal “The Wall Street Journal” na Rússia, foi preso pelo FSB, o serviço de segurança russo, em 30 de março, sob suspeita de roubo de informações secretas de uma instalação militar em Ecaterimburgo.

Essa foi a primeira vez que Gershkovich compareceu a um tribunal em Moscou desde sua prisão, e durante a audiência de apelação, ele foi colocado em uma cabine de vidro e metal, vestindo uma camisa xadrez, com os braços cruzados à sua frente. Embora ele não tenha dito nada durante a sessão, sua defesa solicitou que ele aguardasse o julgamento em liberdade. No entanto, ao fim da sessão, o juiz negou o pedido.

Gershkovich está detido preventivamente por até dois meses, aguardando julgamento, e está sendo mantido no presídio de Lefortovo, em Moscou, desde sua prisão. As acusações de espionagem na Rússia podem resultar em sentenças de até 20 anos de prisão.

O “The Wall Street Journal” negou as acusações e alegou que Gershkovich estava fazendo uma reportagem no local. Além disso, os Estados Unidos consideraram a detenção do jornalista injusta, e embaixadores de vários países fizeram um apelo à Rússia na segunda-feira (17) para que ele seja libertado.

O caso de Evan Gershkovich tem gerado repercussão internacional, com preocupações sobre a liberdade de imprensa e os direitos dos jornalistas na Rússia. A defesa de Gershkovich promete continuar lutando pela sua liberdade enquanto ele aguarda seu julgamento.

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