Nesta segunda-feira (29), o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que vai dissolver o Parlamento do país e convocar novas eleições gerais. A decisão foi motivada pelos resultados das eleições regionais realizadas no domingo (28) na Espanha, que indicaram uma dura derrota para sua sigla, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
Através de alianças com a extrema direita espanhola, o Partido Popular (PP), principal rival político do PSOE, tirou dos socialistas o controle de quase todas as regiões do país, incluindo a Comunidade de Madri, além do governo de sete das dez maiores cidades.
Em um discurso nesta manhã, o socialista Pedro Sánchez reconheceu a responsabilidade na derrota de seu partido e anunciou a decisão de convocar novas eleições, afirmando que é importante permitir que o povo espanhol decida o rumo político do país.
“Assumo em primeira pessoa esses resultados e acredito ser importante submeter nosso mandato democrático à vontade popular”, declarou Sánchez. O primeiro-ministro afirmou que o novo pleito ocorrerá em 23 de julho, mas não confirmou se concorrerá ou não pelo seu partido. De acordo com o calendário convencional, as eleições gerais aconteceriam no final deste ano.
No entanto, com o adiantamento anunciado nesta segunda-feira, as Cortes espanholas serão dissolvidas a partir de terça-feira (29), conforme informou o primeiro-ministro, que já comunicou a decisão ao rei da Espanha, Felipe VI.
A Espanha adota um regime de monarquia parlamentarista, onde o rei exerce o papel de chefe de Estado, sendo responsável pelas Forças Armadas e por reconhecer o primeiro-ministro, mas sem interferir no Executivo. O primeiro-ministro, por sua vez, é o chefe de governo e é escolhido pelo Parlamento, eleito por voto popular.
Pedro Sánchez, líder do PSOE, está no comando da Espanha desde 2019, após eleições também convocadas antecipadamente.