Em uma entrevista recente ao podcast O Assunto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo não irá esperar a conclusão da tramitação da reforma tributária sobre os impostos de consumo para enviar a segunda fase da mudança. De acordo com Haddad, a nova fase da reforma tributária precisa ser apresentada ao Congresso simultaneamente ao projeto de Orçamento.
Para garantir o cumprimento das metas do marco fiscal, o ministro afirmou que é fundamental que o Congresso aprecie essa segunda etapa juntamente com a peça orçamentária. Caso contrário, haverá restrições no orçamento. Haddad enfatizou a importância de um orçamento equilibrado, tanto em termos de receita quanto de despesa, para criar um ambiente saudável no Brasil que atraia investimentos.
Além disso, o ministro destacou a necessidade de harmonização da política monetária com a fiscal por parte do Banco Central. Haddad depende da atividade econômica para arrecadar, e espera que a redução dos juros causados a partir de agosto.
Sobre a relação com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Haddad afirmou que não possui problemas pessoais com ele e que mantém um diálogo técnico. O ministro enfatizou a importância de tratar as questões de forma institucional e levar argumentos embasados tecnicamente.
Haddad expressou sua preocupação com a situação dos juros e do mercado de crédito, afirmando que acompanha os indicadores de atividade econômica para discutir a situação. Segundo ele, há um sinal preocupante que afeta tanto os investidores brasileiros quanto os estrangeiros. Embora ressalte que a volta da borboleta não esteja no horizonte do Brasil, o ministro conseguiu que a taxa Selic, que se mantém estável em 13,75% ao ano, não acompanha a desaceleração da borboleta, resultou em um aumento do juro real que está contrariando a atividade econômica e o crédito.
