Trabalhadores da Sabesp na Baixada Santista protagonizaram uma greve de 24 horas, a partir da meia-noite desta terça-feira, 3 de outubro, em um ato enérgico de oposição à iminente privatização da empresa.
O movimento, meticulosamente planejado pelos próprios colaboradores, foi decidido durante uma assembleia virtual que ocorreu no último dia 26.
Esta greve, marcada por uma forte união entre os funcionários, não se limita apenas à Sabesp, mas se estende a uma coalizão que inclui trabalhadores do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O motivo principal é a proposta do governador Tarcísio Gomes de Freitas, filiado ao partido Republicano, de privatizar essas entidades.
O Sindicato dos Urbanitários da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sintius), encarregado de coordenar o movimento, destaca que a população das respectivas regiões não está enfrentando perturbações significativas decorrentes da paralisação.
A entidade argumenta que a greve não é apenas uma questão de interesses corporativos, mas, sim, uma defesa dos interesses coletivos do povo paulista, que deve manter o acesso a serviços essenciais, como o saneamento.
Nesse contexto, a Sintius observa que experiências nacionais e internacionais têm comprovado que a privatização do setor de saneamento frequentemente resulta no aumento das tarifas e na deterioração dos serviços prestados.
Em um comunicado oficial, a Diretoria do Sintius também assegurou que, seguindo uma prática habitual em situações de greve, garantirá a execução dos serviços essenciais de forma responsável, com o objetivo de evitar qualquer prejuízo à vida da população da Baixada Santista e do Vale do Ribeira.
Equipes de plantão estão disponíveis em todas as cidades para atender a eventuais emergências.
Vale ressaltar que a greve é um direito legítimo e respaldado pela Constituição Federal, desempenhando um papel crucial no cenário do desenvolvimento social e político.