Um acordo foi fechado entre um aquário da Flórida e uma organização sem fins lucrativos de defesa do bem-estar animal para libertar Lolita, uma orca de 2.268 kg mantida em cativeiro por mais de meio século.
Lolita, também conhecida como Toki, foi capturada em 1970 em uma enseada perto de Seattle e é uma das orcas mais antigas em cativeiro no mundo.
Ela será devolvida a um habitat oceânico no noroeste do Pacífico em até dois anos, após se aposentar das apresentações em março de 2022.
O processo para a libertação de Lolita levou anos para ser concluído, começando com a transferência da propriedade do aquário para a The Dolphin Co, que mais tarde fez parceria com a organização sem fins lucrativos para fornecer assistência médica à baleia.
O plano de devolvê-la ao seu habitat natural requer aprovação federal, segundo o Miami Herald.
A pressão para libertar Lolita ganhou força depois que o documentário de 2013 “Blackfish” destacou o cativeiro das orcas e seus efeitos negativos na saúde mental e física desses animais altamente sociais.
Os defensores dos direitos dos animais lutaram por anos sem sucesso no tribunal para obter a liberdade de Lolita, depois que a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica adicionou as orcas à lista de espécies ameaçadas de extinção em 2015.
Encontrar um futuro melhor para Lolita é uma das razões que motivou a aquisição do Miami Seaquarium pela Dolphin Co, de acordo com o presidente-executivo da empresa, Eduardo Albor. As chamadas “baleias assassinas” – apesar de as orcas não serem baleias – são mamíferos altamente sociais que não têm predadores naturais e podem viver por cerca de 80 anos.