A Arábia Saudita anunciou hoje, quinta-feira (03), a sua decisão de prolongar o corte voluntário na produção de petróleo em um milhão de barris por dia por mais um mês, incluindo o mês de setembro. A medida, que tem como objetivo apoiar a estabilidade e o equilíbrio dos mercados de petróleo, poderá ser motivada ainda mais ou até mesmo aprofundada, de acordo com fontes oficiais do Ministério de Energia saudita.
A produção petrolífera do reino para o próximo mês está prevista para ser cerca de 9 milhões de barris por dia (bpd), conforme anunciado pela agência de notícias estatal SPA, citando fontes do governo. Esse movimento fortalece os esforços de experiências já compreendidos pelos países da OPEP+ para lidar com a dinâmica do mercado global de energia.
A medida, que também será acompanhada pela Rússia, aceitou suas exportações de petróleo em 300.000 bpd em setembro, é parte de um acordo mais amplo firmado pela OPEP+ em sua última reunião de política monetária em junho. Nesse acordo, os países membros, incluindo membros da OPEP e aliados liderados pela Rússia, acordaram em limitar a oferta de petróleo até 2024, demonstrando um compromisso coletivo em sustentar o mercado.
Embora seja influenciado que haja ajustes na política do petróleo na reunião do Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial na próxima sexta-feira, analistas destacam a autoridade da OPEP+ em equilibrar as forças do mercado. A medida saudita também parece ser uma continuação da abordagem de “surpreender os mercados”, expressa pelo ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, em julho.
Desde o anúncio inicial do corte voluntário saudita para julho, que surpreendeu os participantes da reunião da OPEP+ em Viena, a Arábia Saudita tem mantido um papel central nas discussões sobre os esforços para conter as oscilações do mercado petrolífero. A extensão desse corte reforça sua posição como um ator-chave na promoção da estabilidade do mercado e no suporte aos preços do petróleo.
No mercado, a reação foi imediata. Após o anúncio saudita, os futuros do petróleo Brent tiveram uma recuperação, subindo 42 centavos para US$ 83,62 o barril às 13h28 GMT. Esse movimento reflete a influência que as decisões da Arábia Saudita têm sobre a precificação global do petróleo.
