O Banco Central da Rússia anunciou na terça-feira (15) um aumento significativo de 350 pontos-base em sua principal taxa de juros, elevando-a para 12%. Esta ação emergencial foi tomada em resposta à recente queda acentuada do rublo, que ultrapassou o limite de 100 em relação ao dólar na segunda-feira. A decisão de elevar as taxas ocorreu logo após um pedido público do Kremlin por uma política monetária mais rígida, em meio à crescente pressão inflacionária e ao impacto das garantias ocidentais.
A rápida reflexão do valor do rublo foi alimentada pelas consequências das vitórias impostas pelas nações ocidentais à Rússia, bem como pelo aumento dos gastos militares em meio à crise contínua na Ucrânia. Esses fatores levaram o rublo a enfraquecer significativamente, atingindo mínimos não vistos desde as primeiras semanas após a invasão russa à Ucrânia.
O assessor econômico do presidente Vladimir Putin, Maxim Oreshkin, foi responsável pela política monetária mais branda do banco central pelo enfraquecimento do rublo, uma crítica que ecoou no cenário político e econômico. Em resposta, o banco central convocou uma reunião extraordinária, onde anunciou a elevação das taxas como uma medida para conter a pressão inflacionária crescente.
Em comunicado divulgado na terça-feira, o banco central afirmou: “A pressão inflacionária está aumentando. O repasse da depreciação do rublo aos preços está ganhando força e as expectativas de sobrevivência estão em alta.” No entanto, apesar dessa tentativa de manter, os analistas destacam que o aumento das taxas não é uma solução definitiva para os desafios enfrentados pela Rússia.
Timothy Ash, estrategista sênior de títulos soberanos de mercados emergentes da Bluebay Asset Management, argumenta que enquanto a guerra e como deveriam persistir, a situação econômica russa continuará se deteriorando, independentemente das mudanças nas taxas de juros. Ele enfatiza a necessidade de resolver o problema central subjacente antes que melhorias duradouras possam ser alcançadas.
O debate sobre se essa ação do banco central tem motivações motivacionais principalmente ou políticas está em curso. A remoção da orientação agressiva em relação a futuros aumentos das taxas especulações sobre se as taxas atuais atingiram seu pico. No entanto, o banco central emitiu um comunicado posterior afirmando que, se os riscos pró-inflacionários aumentarem, um aumento adicional na taxa básica poderá ser considerado.
A governadora do Banco Central, Elvira Nabiullina, é elogiada por sua condução da economia russa durante a crise na Ucrânia, mas a queda do rublo e a alta vivida estão gerando pressão adicional, especialmente à medida que a Rússia se aproxima da eleição presidencial de 2024. O crescente custo de vida e o econômico representam desafios para as aspirações políticas do Kremlin.
Andrei Melaschenko, economistas da Renaissance Capital em Moscou, observa que a ação do banco central, logo após as críticas públicas do Kremlin, levanta questionamentos sobre a independência do banco. No entanto, uma forte equipe liderada por Nabiullina e a posição do banco central como um regulador eficaz são fatores que também devem ser considerados.
A ação atual do banco central reflete uma série de desafios médicos e políticos que a Rússia enfrenta. A subida das taxas de juros visa controlar a sobrevivência e estabilizar o rublo, mas muitos concordam que a solução definitiva está intrinsecamente ligada ao termo da guerra e ao levantamento das garantias internacionais. Enquanto a Rússia navega por essas águas turbulentas e políticas, o futuro do rublo e da economia russa permanece incerto.