A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro 26 novas assinaturas de deputados federais, elevando o total de apoio para 218 deputados e 37 senadores após a divulgação de imagens internas do Palácio do Planalto.
As repercussões dessas imagens foram imediatas no Congresso Nacional, com a CPMI de 8 de janeiro. A demissão do general Dias também provocou uma mudança de discurso por parte dos governistas, que antes tentavam boicotar a instalação da comissão e agora, informaram que vão ajudar na investigação da CPMI. O deputado federal André Fernandes (PL-CE), autor da CPMI, não se intimidou com essa mudança “Não só o Gonçalves Dias tem que ser preso como também quem o acobertou. Lula decretou sigilo nas câmeras do planalto do dia 8 e negou enviá-las pra câmara dos deputados. A força tarefa do governo para evitar a CPMI do 8/1 tem motivo.” escreveu o deputado no seu perfil do Twitter. Em outro post afirmou que não tem medo do novo posicionamento do governo “Vamos para a investigação e não cederemos à presidência e relatoria da comissão” escreveu Fernandes.
A leitura da CPMI está marcada para quarta-feira, 26, às 12 horas, durante a primeira sessão do Congresso Nacional. O objetivo da comissão é investigar os responsáveis pelos atos de vandalismo registrados nas sedes dos Três Poderes e se o governo foi condescendente com os autores desses atos destrutivos contra prédios públicos.
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, do PSD-MG, afirmou que seguirá o regimento do Senado Federal para garantir que o assunto seja tratado dentro dos limites da Constituição Federal. Ele ressaltou que a CPI é um direito da minoria e não cabe ao presidente do Senado ou do Congresso Nacional decidir se vai ter ou não, desde que cumpridos os requisitos legais. Pacheco também defendeu que os envolvidos nos atos de vandalismo sejam punidos exemplarmente para evitar que eventos semelhantes ocorram novamente no país.
O presidente da CPI do Distrito Federal, Chico Vigilante (PT), criticou a proposta de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atentados contra a democracia no Congresso Nacional, classificando-a como um “palanque para extrema direita” . Ele acredita que o governo errou ao não propor uma CPI nos moldes da CPI da Pandemia e está cometendo erro de liderança.
Outra consequência das imagens divulgadas, é o questionamento sobre a prisão de Anderson Torres que mesmo estando de férias e fora do país, foi responsabilizado pelos atos criminosos do dia 8 de janeiro e está preso até o momento. Enquanto isso, o ministro-chefe do GSI de Lula esteve no local no momento da invasão recepcionando os invasores, ainda não foi responsabilizado por nada. O silêncio e paciência do governo quanto a isso é ensurdecedor.
O Deputado Nikolas Ferreira escreveu em suas redes sociais que “no mesmo entendimento do Alexandre de Moraes, que decretou a prisão do Anderson Torres sob alegação de omissão na defesa dos prédios federais, estou pedindo a prisão do ministro do GSI, Gen.Goncalves Dias, que estava dentro do palácio no momento da invasão e claramente se omitiu.”
A comentarista Ana Paula Henkel postou em seu perfil no Twitter que Torres tem que ser libertado e o Dias precisa ser preso.
Todos os últimos acontecimentos geram ainda mais debates e discussões acerca da conduta do governo e dos desdobramentos desse episódio, destacando a importância de uma investigação aprofundada e dentro dos limites legais para esclarecer os fatos. O desenrolar dessa CPMI e suas conclusões podem ter impactos significativos no cenário político do país.