A ex-presidente da Argentina e atual vice-presidente do país, Cristina Kirchner, recorreu da condenação a seis anos de prisão por corrupção imposta pela Justiça no fim de 2022. Além da pena de reclusão, a sentença também prevê a inelegibilidade da ex-mandatária, o que poderia afetar suas aspirações políticas futuras.
No pedido de recurso, os advogados de Kirchner defendem sua inocência em relação ao suposto crime pelo qual foi condenada, alegando que a sentença é baseada em circunstâncias sem provas diretas. Os advogados Carlos Beraldi e Ary Rubén Llernovoy classificam a condenação como uma “enorme gravidade institucional”, destacando a falta de evidências concretas que a sustentem.
O caso que condenou Kirchner é popularmente conhecido como “Vialidad”, e trata de supostas anomalias na adjudicação de obras públicas durante sua gestão como presidente da Argentina. A condenação gerou repercussão na política argentina, uma vez que Kirchner é uma figura proeminente e influente no cenário político do país.
Apesar das acusações e da condenação, Cristina Kirchner tem mantido sua atividade política e continuado suas atividades públicas. Na próxima quinta-feira (27), ela realizará um evento em La Plata, que será a primeira vez que falará em público desde que o atual chefe de Estado, Alberto Fernández, anunciou que não tentará a reeleição. A postura de Kirchner diante das acusações e da condenação tem sido de enfrentamento, reiterando sua inocência e afirmando ser alvo de perseguição política.
O caso de Cristina Kirchner é mais um capítulo na complexa relação entre política e justiça na Argentina, país que enfrenta desafios constantes no combate à corrupção e na busca por uma justiça independente e imparcial. Ainda não há previsão de quando o recurso de Kirchner será julgado, e o desdobramento desse caso continuará sendo acompanhado de perto pela sociedade argentina e pela comunidade internacional.