fbpx

Suposto espião russo preso em Brasília pode ser extraditado para os EUA

Os Estados Unidos fizeram um pedido de extradição do cidadão russo Sergey Vladimirovich Cherkasov, suspeito de espionagem em nome do governo russo de Vladimir Putin. Cherkasov foi preso no presídio de segurança máxima de Brasília desde janeiro deste ano, e já foi condenado em primeira instância por uso de documento falso, além de ser investigado por lavagem de dinheiro, corrupção e espionagem.

O pedido dos EUA foi entregue ao Ministério das Relações Exteriores na terça-feira (25) e será encaminhado ao Ministério da Justiça, que é responsável pela cooperação jurídica internacional. O departamento de cooperação jurídica internacional analisará o pedido e, posteriormente, o encaminhará ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por julgar processos de extradição.

Sergey Vladimirovitch Tcherkasov, acusado pelo governo holandês de ser um espião russo, foi transferido da carceragem da Polícia Federal em São Paulo para a Penitenciária Federal de Brasília em uma operação sigilosa por questões de segurança. Ele foi identificado pelo serviço de inteligência holandês como espião ao tentar entrar no país e iniciar um estágio no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, mas sua real intenção seria se infiltrar na corte especial das Nações Unidas e espionar investigações sobre crimes de guerra em ações militares russas, principalmente na Ucrânia.

Sabe-se que Tcherkasov é um integrante do GRU, a unidade de inteligência militar da Defesa russa, e elaborou meticulosamente uma falsa identidade durante anos, apresentando-se como Victor Muller, um brasileiro nascido em Niterói (RJ) em 1989, portando documentos falsos. Ele foi preso assim que desembarcou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O Supremo Tribunal Federal decidirá sobre o pedido de extradição feito pelos Estados Unidos.

LEIA TAMBÉM