O gigante varejista Target se envolveu em uma discussão recente ao remover alguns produtos de sua coleção Pride, após receber críticas por parte dos consumidores. A decisão da empresa gerou controvérsias e foi considerada por muitos como um “precedente perigoso”.
Tudo começou quando a Target anunciou uma parceria com a marca britânica Abprallen para comercializar mercadorias com mensagens pró-LGBTQ durante o mês do Orgulho. No entanto, alguns consumidores ficaram furiosos com as exibições de orgulho da Target, especialmente em relação aos produtos voltados para crianças. O debate se intensificou quando foi revelado que o designer por trás da marca Abprallen, Erik Carnell, se autodeclarava como “satanista” e incluía imagens e mensagens relacionadas a Satanás em suas criações.
A resposta da Target foi mover alguns produtos Pride para seções menos proeminentes da loja e remover completamente outras mercadorias. No entanto, essa ação gerou uma enxurrada de críticas, especialmente da parte de Erik Carnell. O designer afirmou que a Target estabeleceu um “precedente perigoso” ao ceder às pressões e se distanciar completamente da comunidade LGBTQ+ quando conveniente.
Carnell argumenta que, se a Target assumiu uma posição de apoio à comunidade LGBTQ, deveria defender essa posição independentemente das críticas recebidas. Ele também explicou que, para ele, Satanás representa “paixão, orgulho e liberdade” e que respeita os pronomes, amando todas as pessoas LGBTQ+. Segundo ele, o uso de imagens e referências a Satanás é uma maneira de expressar a rejeitar a estereótipos e expectativas binárias.
A Target afirmou que a decisão de remover alguns produtos da coleção Pride foi motivada por questões de segurança e bem-estar de seus funcionários, citando ameaças e comportamentos de confronto. A empresa destacou seu compromisso contínuo com a comunidade LGBTQIA+ e afirmou que está fazendo ajustes em seus planos para garantir a segurança de seus colaboradores.