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Hackers suspeitos de vender dados sigilosos de autoridades são detidos pela Polícia Civil do DF

A Polícia Civil do Distrito Federal deteve hoje hackers suspeitos de vender informações confidenciais de Ibaneis, ministros e deputados.

Agentes cumpriram mandados de prisão temporária, busca e apreensão, bloqueio de contas e derrubada de sites no Distrito Federal e em Goiás.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi uma das vítimas cujos dados foram expostos pelos suspeitos.

A operação da Polícia Civil investiga um grupo de hackers que comercializava informações sigilosas da população brasileira pela internet.

Os hackers vendiam os dados para a realização de fraudes eletrônicas, criação de dossiês contra autoridades públicas e violação da privacidade dos cidadãos.

A polícia descobriu que esses dados estavam sendo comercializados na “darknet” por meio de “painéis de consulta”.

Alguns agentes infiltrados em grupos criminosos do Telegram conseguiram comprar acesso a um desses painéis, chamado “Painel Analytics”.

O acesso a esse painel era vendido em pacotes de 7, 15 ou 30 dias, com preços que variavam de R$ 150 a R$ 350.

As investigações revelaram que aproximadamente 200 milhões de CPFs foram expostos, juntamente com números de celular, endereços residenciais, endereços de e-mail, fotos, assinaturas digitalizadas, cópias da CNH, boletins de ocorrência, mandados de prisão, dados de parentes e outras informações.

Todo esse material estava organizado profissionalmente em um website, permitindo pesquisas rápidas em vários módulos, o que possibilitava que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimentos técnicos, pudesse obter informações detalhadas sobre a vida de qualquer cidadão com apenas alguns cliques.

A investigação também sugere que os criminosos tinham acesso às câmeras de OCR (leitura de placas), o que lhes permitia rastrear a localização das vítimas nas rodovias do país, possibilitando o monitoramento de suas rotinas.

Durante a operação de hoje, a polícia prendeu dois hackers pelos crimes de divulgação de segredo, invasão de dispositivo informático, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas para esses crimes ultrapassam 20 anos de prisão.

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