A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) trouxe à tona, em recente participação no programa Morning Show da Jovem Pan News, uma reflexão sobre a polarização que permeia o debate acerca da Cracolândia, região central de São Paulo. Enfatizando a necessidade de uma abordagem mais abrangente, o parlamentar criticou a visão unidimensional de algumas vertentes políticas sobre a questão e a capacidade para a urgência de oferecer mais vagas para o tratamento de dependentes químicos.
A crise na Cracolândia é uma questão multifacetada, que vai além das fronteiras da segurança pública. A deputada salientou que tanto a esquerda quanto a direita têm focado apenas em certos aspectos do problema, negligenciando outros fatores cruciais para a resolução da situação. Tabata Amaral afirmou que, além da questão de segurança, é abordar temas como assistência de moradia e saúde para que se possa alcançar resultados mais efetivos e humanitários.
A visão, muitas vezes restrita, de algumas parcelas da direita se concentra exclusivamente na presença dos traficantes na região. E, embora esse seja um ponto concreto e inegável, há questões igualmente urgentes que demandam atenção e ação por parte das autoridades. A existência de centros de prostituição infantil e aliciamento de crianças para fins nefastos são problemas alarmantes que requerem a atuação incisiva das forças de segurança e do governo.
Por outro lado, a parcela da esquerda que se preocupa com os dependentes químicos e seu acesso ao tratamento muitas vezes negligencia as medidas de segurança necessárias para coibir a ação dos traficantes. Tabata Amaral destaca que é essencial conciliar esforços na garantia da assistência aos pacientes que desejam se internar, sem descurar das ações que visem enfrentar o tráfico de drogas e aliciamento de dependentes.
O parlamentar também abordou a temática da internação compulsória, um tema de extrema complexidade e que, como era de se esperar, também tem gerado discussões acaloradas na sociedade. Ela enfatizou que, para lidar com essa questão, é necessário ouvir os familiares dos dependentes, avaliar o grau de consciência da pessoa em questão e considerar a opinião médica de especialistas. No entanto, Tabata lamentou que muitas vezes a discussão já se inicia polarizada, dificultando a busca por soluções equilibradas e sensíveis ao contexto humano.